Antigo Marégrafo de Torres
Localizado no interior do Parque Estadual José Lutzenberger, esse lugar conserva vestígios da instalação de um aparelho de medição de marés.
“No complexo das Furnas foi instalado o primeiro Datum Altimétrico do Brasil, o Marégrafo de Torres em 1919 que teve medições até 1921. Em 1958 foi transferido para o porto de Imbituba no litoral de Santa Catarina. O local onde foi instalado o marégrafo era na embocadura da Furninha onde ainda é possível evidenciar os vestígios e sulcos nas rochas. O que desperta fascínio neste sítio encontra-se no interior desta furna onde se localizava o marégrafo. No lado direito de quem entra na furna, existe um painel com inscrições históricas. Na parede de basalto, foram encontrados muitos nomes inscritos que acompanhavam a data da inscrição. Os nomes legíveis mais antigos pertencentes à Deoclécio Godinho Porto (1- 4- 1917) e Walter Robenhond (16- 2 – 1918) – registros entalhados com técnicas de picoteamento, inclusive com refinada letra cursiva no caso do último nome citado – , datas que coincidem com as primeiras décadas do século XX. Na escadaria da Furninha, constata-se diversos nomes e datas inscritos que iniciam nas décadas de 1920, 1930, 1940 até rabiscos mais atuais. As escadarias de acesso aos pesqueiros do Diamante, Furninha e Furna Grande foram construídos em 1957, exceto a escadaria do Saltinho em 1992. No local de acesso ao Marégrafo de Torres (atualmente sem escadaria entre o Diamante e a Furninha), há o registro “H. Rieger 10.3.9 1927”. No acesso à Furninha destacam-se “Evory 1923” e “Mario D. Pilla 9. 23 1929” entre outras de décadas posteriores.”
Aqui um vídeo sobre o Marégrafo de Torres e aqui um artigo do historiador Leo Gedeon, autor do texto do cadastro.